A FENACEF realizou reunião com o Diretor-Presidente da FUNCEF Renato Villela, e os Diretores Andrea Morata Videira – Diretora de Investimentos e Wagner Duduch – Diretor de Participações Societárias e Imobiliárias. Participaram fazendo perguntas os presidentes das AEA’s de todo o Brasil. Os temas da pauta foram assuntos referentes aos ativos da Fundação: INVEPAR e Vale.

O Diretor-Presidente Renato Villela abriu o encontro falando sobre a situação da INVEPAR, relembrando o histórico e atual situação de uma das maiores gestoras privadas de mobilidade urbana e infraestrutura de transporte da América Latina. 

Segundo a visão dos diretores, o processo de reestruturação é a melhor oportunidade de procurar recuperar a capacidade de produção da INVEPAR, minimizando nossa realização do prejuízo, via Recuperação Judicial.

Questionada sobre a rolagem da dívida com as debêntures que a FUNCEF adquiriu, a Diretora esclareceu que o processo de reestruturação em curso, inclusive a solução das debêntures, passa pela volta às operações da concessão da Linha Amarela no Rio de Janeiro, que está travando todo o plano de reestruturação no momento.

“Queremos evitar a recuperação judicial – seria uma maneira de retornar o investimento. A reestruturação irá recuperar muito mais o investimento do que recuperação judicial”, conclui Andrea. 

Wagner Duduch – Diretor de Participações Societárias e Imobiliárias reforça sobre a importância de optar pela não recuperação judicial da INVEPAR: “A recuperação judicial é muito ruim porque o valor da empresa vai para zero. Seria o pior cenário e você acabaria tendo que entregar concessões e vai para leilão, aí os acionistas passam a não ter mais gerência e quem dita são os credores e o judicial”.

Sobre a VALE, Andréa explicou que a decisão sobre a venda foi analisada tecnicamente e sob as óticas do enquadramento determinado na Res. CMN 4661/2018 e também sobre a oportunidade de mitigar os riscos de alta concentração de um só ativo em um só plano. “O mercado tem outras oportunidades com mesmo nível de rentabilidade, com menor concentração e é um bom caminho para alocação dos recursos. Estamos olhando a relação risco e retorno e se esse risco é suportado pelo plano.” justifica.

O presidente da FENACEF e presidentes de Associações manifestaram o sentimento de angústia e incertezas sobre os destinos da Fundação e seus participantes, reforçando a necessidade, cada vez maior, da transparência, informação e clareza da diretoria da FUNCEF com todos os participantes.

“O discutido e informado nesta reunião, de forma oficial, traz mais clareza sobre os dois relevantes assuntos, que devem ser acompanhados de perto por todos. Nossas análises técnicas e jurídicas seguem em curso, buscando um posicionamento da Federação”, analisou após reunião o Presidente da FENACEF, Edgard Antônio Bastos Lima.