A partir da primeira reunião realizada pelo Grupo de Trabalho do Saúde Caixa, no último dia 28/06, a FENACEF se juntou às entidades representativas dos trabalhadores da ativa para a instituição efetiva do GT e apresentação da composição de seus membros.

Entre os assuntos tratados na reunião, destaque para a exclusão do teto de gastos de 6,5% do Estatuto da CAIXA e revisão das cobranças retroativas de 2018 a 2021, até então não realizadas por falha sistêmica da própria CAIXA, que estão causando impactos significativos na capacidade financeira dos participantes do plano, sobretudo dos aposentados e pensionistas.

Para Maria Lucia Dejavite, vice-presidente da FENACEF e participante do GT, as pautas discutidas na reunião fazem parte de um processo de aprofundamento dos estudos para desenvolver os trabalhos do GT e das discussões em prol da manutenção da sustentabilidade do Saúde CAIXA para todos os seus beneficiários.

“O GT do Saúde Caixa reafirmou nosso consenso em não penalizar os beneficiários com a cobrança de coparticipações não realizadas pelo plano, por conta de problemas sistêmicos da Caixa. Assim, como discutimos em abril, somos favoráveis à suspensão dessas cobranças até que a CAIXA apresente uma proposta mais factível a todos”, destacou Malu.

Quanto à exclusão do teto de gastos de 6,5% com a saúde dos trabalhadores ativos, aposentados e pensionistas da Caixa, a dirigente afirma que não se trata de uma pauta a ser deliberada, mas de uma questão de sobrevivência, principalmente para a categoria representada pela entidade. “Temos que derrubar essa limitação, pois não é apenas um número a ser combatido, mas uma prioridade para a sobrevivência de mais de uma centena de milhares de aposentados e pensionistas que não têm condições de arcar com as despesas do plano, sem a manutenção do custeio 70/30”.

Malu enfatizou ainda que o atendimento aos pedidos se dá também por uma questão de reconhecimento por tudo que os aposentados e pensionistas fizeram para tornar a Caixa uma das maiores instituições financeiras do Brasil. “Trabalhamos muito pela Caixa, e a exclusão desse teto e a manutenção do custeio 70/30 é o mínimo que nossa categoria merece como reconhecimento”, enfatizou.

Próximos passos
Ao final da reunião, os representantes da Caixa propuseram mais duas reuniões do GT e a formação de três mesas de trabalho com a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) para tentar chegar a um meio termo com os beneficiários do Saúde Caixa.  Além disso, também será realizado um seminário, no próximo dia 22, pelo Comando Nacional dos Bancários, com o objetivo de debater os principais problemas enfrentados no âmbito do plano de saúde. Para isso, as entidades sindicais representantes dos trabalhadores da ativa, bem como a FENACEF, representando os aposentados e pensionistas, deverão anteriormente debater os temas com o intuito de fortalecer o posicionamento em defesa de suas respectivas categorias.